'MÃE MORRA PURO’


P.P. vive da sua arte desde a adolescência e a ela se dedica de corpo e alma, talvez por isso tenha vários estudos reconhecidos.
           
Atualmente, muitos esboços são feitos numa agenda repleta de futuras obras (ou não). Nela, por exemplo, estão os traços iniciais da tela ‘Mãe morra puro’, que nada tem a ver com um desejo matricida não revelado.

Na verdade, nenhum artista precisa dizer “o significado da obra”, “como foi criada”, “o que quer dizer o título”... Questões muitas vezes propostas e fadadas a não ter respostas porque o importante é o sentimento de cada um diante da obra e não, necessariamente, a compreensão do artista.

‘Mãe morra puro’ (da Série ‘Como entra sai’, onde P.P. reflete o começo e o término de cada   pintura e dá mais atenção à energia que vem, entra e sai) era um esboço dessa agenda que virou obra . Tem até pauta da folha.



Veio como vaga memória de coisas da adolescência, de pessoas com óculos grandões (tipo Mister Eco, jurado do programa Flávio Cavalcanti). Já na combustão do fim, trouxe brincadeiras dos amigos da época, quando ”mãe morra!” era a expressão não dita, mas gritada para os que soltavam gases no meio do grupo. É verdade!...

Entrar e sair podem ser movimentos notáveis e simples.
  
‘Mãe morra puro’ é isso tudo e nada disso ao mesmo tempo.  Tem vida própria. É uma obra com 94 x 76 cm, pintada no ano de 2010, com muita textura e força e, apesar da grande flor, exala acrílica sobre tela e muita irreverência e humor, outras características marcantes da personalidade de P.P.